Na ladeira escura cheia de gente o trio puxava a multidão apertada já com horas de carnaval, muita bebida e animação, é carnaval sem covid-19.
A pandemia passou, foi tão grave que até o politicamente correto morreu, então podia tudo, gotículas de saliva não era mais mortal, podia beijar a vontade e o patrulhamento da lacração estava restrito apenas aos babacas.
Por isso, chame chame gente, vamos espalhar a magia pelo ar.
Quando passa a moça bonita ao lado, se é carnaval para quê diálogo!? Beijos e mais beijos, o amasso é grande. E o casal recém formado depois de uma pegação intensa de 3 min se desfaz, cada um para um lado.
Já beijei uma, já beijei duas, já beijei três, a festa continua é carnaval na avenida. Varre varre vassourinha, abre alas e caminhos para depois passar o trio de Armandinho, Dodô e Osmar, curtinha a baianidade nagô.
Nos tempos novos, meninos pegam meninas e meninas pegam os meninos, esse é o carnaval do Brasil. Uma cantada é aceita ou negada, acompanhada de um sorriso, sem grandes discussões ideológicas.
Muita cerveja, cana, sem maconha, mas com lança perfume a vontade. Chico bateu no bode e o bode bateu em Chico e a polícia tem que bater nos dois para não ter briga. O que importa é namorar.
Que mara-maravilha ê, a ênfase do espírito original, transformou-se na verdadeira humanidade.