O blog recebeu informações a respeito de denúncias relativas a assédio no IFRN.
Em e-mail, uma assistente em Administração do Instituto narra: “sei exatamente o que passo desde o começo em que iniciei meu tempo de serviço em João Câmara e agora em São Paulo do Potengi. (.) E depois de nove anos nessa lua interna em tentar sobreviver mental e emocionalmente tantos fatores hostis, vejo-me na condição de fibromialgica e com psoríase (adquiridas fruto do alto estresse que vivo no trabalho), e com diagnostico de transtorno afetivo de humor (desde 2006, fruto do alto estresse em que me submeti ao
tentar ser perfeita, enquanto estudante do curso de Direito). Condições essas que me exaurem sobremaneira. A minha vontade é de sumir, desaparecer, abreviar minha existência. já que não consigo vislumbrar mais soluções para tanto sofrimento que venho sendo submetida, sem qualquer pausa para respiro”.
O desabafo dela em email enviado aos servidores do IFRN teve outros relatos. Como o de uma pedagoga: “Também já passei por assédio moral, e sei como é dolorido. Sinto muito pelo seu sofrimento, vivemos tempos muito difíceis no Brasil”.
Já um professor do IFRN relatou: “Obrigado pela coragem de se abrir e expor o caso no e-mail, há poucos locais mais hostis que o email institucional do IFRN. Uma das maiores mentiras contadas nessa instituição é que ela aceita a mail institucional do IFRN. Uma das maiores mentiras contadas nessa instituição é que ela aceita a pluralidade de ideias. Não, não aceita, há uma intolerância doentia dentro da instituição, intolerância política, intolerância por quem cobra o mínimo do que consta em leis e nos documentos institucionais. Intolerância que se reflete em assédio moral, inclusive por quem milita contra o assédio na instituição. Precisamos de uma ação sistêmica para o combate ao assédio moral, com ampla investigação, em todos os campi”.
E a vítima do assédio alerta: “E uma mensagem para o Reitor e todos aqueles que ainda podem fazer girar a chave da justiça, da honra e do poder discricionário. Poder esse muito bem usado quando em prol e benefício dos seus chegados que o usem a meu bem. porque se assim não o for. eu levarei todos aqueles que me prejudicaram para o rol dos réus no poder judiciário federal.”
A situação da servicora ganhou apoio de servidores.
Um deles afirmou que “O IFRN precisa fortalecer as ações da Comissão de ética, dos setores relacionados e criar mecanismos e canais mais eficientes de escuta. Ações preventivas estão gritando e são necessárias. Acho que já passou da hora do IFRN
implantar a corregedoria. Fui da comissão que estudou as corregedorias existente na rede como IFCE e verificamos que os problemas como este ocorrem com menos frequência”.
Por fim, outro funcionário do Instituto destacou que “a situação da servidora precisa de medidas urgentes a ser tomadas, a saúde mental, física e moral da servidora é o bem mais precioso dela e, causando danos a tudo isso, as consequências podem se tornar irreversíveis”.
E ai, será que o IFRN vai ter alguma providência a respeito das denúncias de assédio moral, inclusive com intolerância política, uma vez que o Instituto é conhecido por ser um reduto de defensores da esquerda?