Prestes a sair, a federação entre o Progressistas e o União Brasil deve ser anunciada nesta terça-feira, 29, mas ainda com vários impasses regionais entre as legendas. Além disso, há uma insatisfação do ex-presidente da Câmara Arthur Lira que pretendia assumir a liderança do bloco já num primeiro momento. A ideia é de que haja um rodízio entre os partidos para a presidência, a cada dois anos. Mas o presidente do União, Antonio Rueda, quer começar à frente.
Se essas questões forem de fato resolvidas, o Republicanos e o MDB devem avançar nas conversas nas próximas semanas. Um primeiro encontro entre os dirigentes das siglas já aconteceu. Mas as negociações ainda ‘são muito incipientes’, relatou à coluna um integrante da sigla do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas.
O tamanho da federação entre PP e União preocupa os demais partidos do campo da centro-direita. Serão 108 deputados, a maior bancada da Câmara, e 14 senadores, liderando o número de parlamentares junto com PL e PSD.
Nessa direção, o presidente do PSDB, Marconi Perilo, já anunciou que vai decidir também nesta terça se haverá a união com o Podemos. Neste caso, as conversas já estariam bem avançadas. A legenda defende uma incorporação partidária – quando um partido é absorvido por outro, – mas o nome que seria extinto ainda é uma questão.
Seja com o for, a movimentação entre as siglas tem sido provocada pela possível federação entre PP e União, que faria oposição à esquerda nas eleições de 2026. Assim como Republicanos e MDB. Todos com ministérios no governo Lula.
Numa dinâmica vista no pleito de 2024, esse campo político tem ganhado muita força, diminuindo cada vez mais o espaço dos partidos mais progressistas. Com a popularidade ruindo, o Palácio do Planalto luta por apoio de siglas que podem simplesmente virar as costas na disputa do ano que vem.
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