A liderança como todos sabem é a capacidade que possuem algumas pessoas de convencer outras a fazer aquilo que consideram correto ou mais adequado, sem que para isso, exerçam qualquer tipo de pressão. Às vezes a própria presença já conduz o liderado a executar o que o líder deseja. Para o exercício da liderança, entretanto, é necessário que o líder possua uma série de atributos, alguns inerentes à sua personalidade e outros que até podem ser adquiridos ao longo da vida, com a experiência e às vezes resultantes de treinamentos específicos. Como exemplos de lideranças adquiridas por treinamentos intensos podemos citar os SEALs, tropa especial dos Mariners, que são fuzileiros navais norte-americanos que usam treinamentos especiais para vencer o medo, utilizando a neurolinguística como principal ferramenta. No Brasil, os combatentes de selva, treinados no melhor centro de instrução de guerra na selva do mundo, o CIGS, encontramos metodologias de desenvolvimento de liderança voltadas para períodos de crise, mais especificamente direcionadas aos combates no interior da selva amazônica. Hoje, vivemos uma crise mundial e observamos que, alguns dos nossos líderes não estão preparados para enfrentá-la, muitas vezes o medo, a incerteza e a falta do conhecimento sobre o inimigo, neste caso o vírus e suas consequências, transmitem à população uma sensação de insegurança e de pânico. Em alguns estados do Brasil e especificamente aqui no RN, onde temos acompanhado mais de perto a atuação dos nossos líderes, observa-se uma grande lacuna, fruto exatamente da falta de preparo dessas figuras que, ao invés de se esconderem, se escudando atrás de seus subordinados, que estão sempre sendo entrevistados, deveriam estar na linha de frente, dando o exemplo e corrigindo de imediato as falhas que porventura ocorram, respeitando o princípio da oportunidade e demonstrando coragem moral. Ao contrário disso, estamos observando uma ausência enorme de informações ou muitas vezes a confusão gerada pela profusão delas, quase sempre desencontradas, repassadas pela imprensa politizada, resultado da ausência de uma liderança que venha a centralizar e promover credibilidade aos dados apresentados. Numa crise como essa da COVID 19, nada mais adequado do que um gabinete de crise efetivo, não apenas para “inglês ver”, que mantivesse a população informada por meio de uma divulgação oficial, diária, em horário previamente estabelecido, usando meios de comunicação oficial, tendo à frente os verdadeiros líderes, não aqueles que buscam apenas promoção pessoal e que na hora do problema não se expõem, e desaparecem.
NA LIDERANÇA, A PALAVRA CONVENCE E O EXEMPLO ARRASTA