Consumo de energia residencial e de pequenas empresas cresceu 5% em setembro

08/10/2021 às 05:23


Os pedidos do governo federal por economia de energia e a implementação da bandeira tarifária escassez hídrica, até agora, não têm surtido o efeito esperado. Boletim da CCEE (Câmara de Comercialização de Energia Elétrica) divulgado nesta 5ª feira (04.set.2021) mostra que, de agosto para setembro, o consumo aumentou 5,4% entre os consumidores regulares, que incluem residências e pequenas empresas. Considerando todos os consumidores do SIN (Sistema Interligado Nacional), o aumento foi de 3,9%.

Na comparação com setembro de 2020, houve queda apenas entre os consumidores regulares, que reduziram o consumo em 3,1%. O consumo da indústria e de grandes empresas, como redes de lojas e shoppings, aumentou 6,8%. Em relação a todo o SIN, o consumo manteve-se praticamente estável, com oscilação de 0,97%.

A bandeira tarifária escassez hídrica está em vigor desde o dia 4 de setembro. O valor de R$ 14,20 a cada 100 kWh significou um aumento de quase 50% sobre o valor da bandeira vermelha patamar 2, que já era a mais cara de todas. O governo federal anunciou a tarifa no final de agosto. Ela estará vigente até, pelo menos, 30 de abril.

A bandeira é uma forma adotada pelo governo para, ao mesmo tempo, alertar a população sobre a gravidade da crise e cobrir os custos com a geração térmica, muito mais cara que a hidrelétrica. As termelétricas a gás e a diesel são ativadas para suprir a queda do fornecimento de energia de fonte hídrica.

No final de setembro, o presidente Jair Bolsonaro chegou a dizer, durante uma live, que a população deve tomar banho frio e evitar usar elevador, para ajudar na economia de energia.

Para o presidente da Abradee (Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica), Marcos Madureira, “os consumidores têm respostas diferentes em relação à redução de consumo. Essa sinalização para o consumidor é realizada, mas a reação não é exatamente imediata. Nós devemos ter [essa reação] agora no início de outubro, quando começam a chegar as contas já com essa bandeira tarifária mais elevada”, afirmou Madureira em entrevista recente ao Poder360.

Poder 360

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